Você tem uma pilha de barras de ouro em casa, que normalmente ficam guardadas no cofre – o Bitcoin é mais ou menos assim. O valor está bem ali, mas não dá para pegá-lo facilmente e investir como se fosse dinheiro em espécie. Agora, há uma ideia interessante: fazer com que esse "ouro adormecido" se mova, sem perder a segurança, e ainda ganhar um dinheiro extra.

Como operar especificamente? O processo não é complicado. Você deposita BTC em algum pool de protocolo, e o sistema imediatamente lhe envia um comprovante eletrônico - semelhante ao stBTC ou tBTC. Este negócio tem duas funções: primeiro, prova que a propriedade do ativo original ainda está em suas mãos, podendo ser resgatado a qualquer momento; segundo, este comprovante pode ser usado como garantia, permitindo que você o utilize em diversas aplicações DeFi para emprestar, minerar ou fazer market making, aumentando a taxa de utilização do ativo de uma vez. Em outras palavras, você não precisa travar a moeda em uma carteira fria, nem se preocupar com riscos de custódia, a segurança necessária não diminui em nada, e ainda permite que o ativo "trabalhe" por conta própria.

Mais importante ainda é o mecanismo de operação por trás disso. Esses BTC acumulados não ficarão parados; as partes do protocolo os implantarão em vários "serviços de validação ativa" - aqueles que estão envolvidos em projetos de infraestrutura de sidechains, redes de segunda camada e oráculos. Esses novos protocolos precisam especialmente da segurança do ecossistema Bitcoin como respaldo; seu BTC anterior ajudou a "dar suporte", e as partes do projeto oferecerão tokens do protocolo ou uma parte das taxas como recompensa aos participantes. Todo esse raciocínio é como: suas barras de ouro não só mantêm seu valor, mas também podem ser alugadas a outros como garantia de crédito, e ao final do prazo, você recebe o principal mais os juros.