Quando as populações diminuem e os bancos centrais continuam a imprimir dinheiro, algo tem que ceder. Estamos a observar sociedades envelhecidas em países desenvolvidos, enquanto as moedas fiduciárias perdem poder de compra ano após ano. A matemática já não funciona mais.

É aqui que se torna interessante para quem pensa em preservação de riqueza. Governos com forças de trabalho em declínio não conseguem sustentar os gastos atuais — eles ou aumentam impostos drasticamente ou desvalorizar a moeda através da inflação. Qualquer uma das opções destrói as poupanças da classe média presas em ativos tradicionais.

Entretanto, as alternativas continuam a ganhar atenção. Ativos tangíveis, commodities e sistemas descentralizados representam uma proteção contra a depreciação monetária. A verdadeira questão não é se a mudança virá, mas se as instituições e investidores particulares irão se adaptar a tempo.

O antigo manual de "comprar títulos do governo e considerar seguro" não está a envelhecer bem. Demografia é destino, e o dinheiro fiduciário está a mostrar os seus limites. Provavelmente, a próxima década forçará uma conversa séria sobre o que o dinheiro realmente significa.